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quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Mudas livres de doenças

O Estado de S.Paulo
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- Mesmo com uma pequena produção de 600 toneladas por ano de banana, os Brianezzi não puderam ficar de fora da busca por mais tecnologia na lavoura. Com madeira reciclada e gastos de R$ 15 mil, instalaram na propriedade uma pequena packing house, onde as pencas chegam da lavoura - transportadas por carretas sem laterais e forradas de espuma -, são penduradas em ganchos e transportadas até a primeira piscina de lavagem. Passam pela primeira lavagem, pela separação em buquês, são novamente lavadas na piscina seguinte e acondicionadas nas caixas.

Elisabete, que tem todas as contas em detalhadas planilhas, diz que, este ano, o clima não ajudou e eles produziram 22 toneladas/hectare, ante a média normal de 30 toneladas/hectare. "Tivemos, em 2007/2008, prejuízo de R$ 10.500", lamenta a produtora, acrescentando que, este ano, quem segurou a onda foi o milho, em 7 hectares.

SEM RECUOS

"Adotar tecnologia para melhorar a qualidade do fruto logicamente aumentou os custos de produção", acrescenta João Brianezzi. "Mas não podemos voltar atrás e aplicar menos tecnologia." Tanto que, se o casal concretizar seus planos de aumentar a área de banana, tentará fazê-lo com mudas de laboratório, que são isentas de quaisquer tipos de doenças, sobretudo fungos e nematóides, os principais problemas sanitários da bananicultura.

Na Sacramento Agropastoril, que tem produtividade de 50 toneladas por hectare, sem irrigação, já é certo que haverá ampliação de área, e com mudas de laboratório. "Vamos plantar mais 60 hectares; a banana garante renda o ano todo", diz Damásio. Além de banana, a Sacramento produz em Avaré pêssego e ameixa, frutas sazonais.

Outro fator que, na visão de Rangel, da Cati, exigiu a tecnificação do bananicultor, seja o grande ou o pequeno, foi a chegada da sigatoka negra, a pior doença da banana, aos plantios paulistas. "Sem monitoramento semanal e aplicação correta de defensivos, o produtor pode perder tudo", diz Rangel. "A sigatoka expulsou o bananeiro da lavoura e manteve o bananicultor", compara.

Tanto na propriedade dos Brianezzi quanto na Sacramento o controle da sigatoka é rigoroso. "Monitoramos semanalmente", diz Damásio. "Fazemos aplicações, porém, só quando necessário. Chegamos à média de oito a nove aplicações por ano", continua, acrescentando: "Nas regiões equatorianas, o número de aplicações ultrapassa 50."

Na sexta, a Sacramento será palco de um workshop promovido pela Unesp de Botucatu, com o tema "Inovações Tecnológicas na Bananicultura", que terá início amanhã, em Botucatu, com palestras sobre o tema e, na sexta, terá visita técnica a produtores, conforme a organizadora, a professora Sarita Leonel, da Fundação de Estudos e Pesquisas Agrícolas e Florestais (Fepaf/Unesp).

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