Para quem mora em apartamento e gosta de cultivar plantas, mas não se arrisca a mantê-las por medo de não saber cuidar, uma boa dica é cultivá-las dentro de vasos. Assim, é possível estender o prazo de vida delas sem a necessidade de troca.
No entanto, dentro ou fora de casa, os cuidados de manutenção não podem ser dispensados, já que, segundo os paisagistas, a qualidade da plantinha interfere na vida dos donos da casa.
"De nada adianta termos uma planta raquítica dentro do lar, com aquela sensação de mal cuidada. Essa energia não tão positiva é transmitida ao ambiente e aos moradores", garante o paisagista Maier Gilbert.
Se as paredes têm ouvidos, as plantas, dizem, também têm É o que garante a paisagista Andréa Bettamio Tesser. "Já é comprovado que as plantas têm memória, energia e aura", diz a profissional, especializada em paisagismo holístico.
Para ela, enquanto a aura dos seres humanos têm sete cores, a das plantas têm apenas uma. "Tudo depende da espécie e do ciclo que ela está vivendo." Por isso, todas as ações ocorridas dentro de casa serão percebidas pelas flores e folhas.
A técnica, capaz de harmonizar o local e deixar o espaço sereno por meio das plantas, é simples. No começo, a rápida tarefa de espalhar vasos pela casa já é um grande passo para equilibrar as energias do local. "Já tive clientes depressivos que não saíam de casa e hoje levam uma vida normal, sem tomar medicamentos.
A definição da planta que terá o vaso como ‘moradia’ tem de ser criteriosa evitando, assim, surpresas desagradáveis no futuro. Esse é o primeiro passo: escolher espécies cujas raízes não se desenvolvem tanto e que não ocupem, com o tempo, espaço maior do que o do recipiente.
Caso não tenha um vaso, ao definir a planta, analise o tamanho do torrão (raiz mais a terra que faz parte do ‘pacote’) e compre uma peça maior. A chance de errar é mínima. Palmeira chamedorea, ráfia, renda portuguesa e árvore da felicidade são algumas das espécies mais indicadas para quem mora em apartamento.
"A planta que está dentro de casa e fora de seu habitat natural costuma não receber água nem nutrientes para sua sobrevivência. Portanto, devemos programar as regas e a adubação necessárias para que ela sobreviva por um bom tempo", explica Gilbert.
A iluminação natural é outro quesito importante a ser destacado. Há espécies que necessitam de mais claridade e, caso sejam colocadas em lugares escuros, com certeza não atingirão sua vitalidade.
Depois de feita a escolha da planta é hora de se preocupar com o plantio. "Uma boa drenagem é essencial. Verifique se há um furo no fundo do vaso para que o excesso de água escorra, não causando o apodrecimento das raízes", sugere o paisagista Alexandre Braga. De acordo com o profissional, deve ser colocado no fundo do vaso uma camada de argila expandida e uma manda de bidim.
"A terra deve ser preparada com uma mistura de terra vegetal, humos de minhoca e areia." Braga conta que em lojas especializadas há terras já preparadas para o plantio. Feito isso, regue as plantas em abundância nas primeiras semanas
Ar livre
Já para quem tem uma varanda e gosta de colocá-las ao ar livre, é interessante lembrar que o vento é o inimigo número um das plantas, encurtando o tempo de vida das flores e ressecando as folhas, deixando-as com um aspecto murcho e amarelado. A luz é um fator importante. Elas precisam de iluminação, sim. Mas não resistem ao sol forte.
"As plantas de apartamento gostam de sombra ou meia-sombra. Não adianta colocá-las para tomar sol que não funciona", revela o paisagista Alex Hanazaki. A paisagista Sônia Vieira explica que, dependendo da quantidade de sol, as plantinhas não duram nem um mês. "Para deixá-las na varanda, não compensa comprar plantas que não gostam dos raios solares, pois morrerão em duas semanas."
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