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quarta-feira, 18 de março de 2009

Criadores da PB cogitam criar abelhas sem ferrão

Nos fundos da sua casa, em Juazeiro-BA, a advogada e produtora Balbina Carneiro Rios Filha acomoda, em caixas, nada menos que 130 enxames de abelhas sem ferrão, também chamadas de meliponíneos (mandaçaia, manduri e abelha branca). Na cidade vizinha, separada pelo rio São Francisco, Petrolina–PE, o comerciante Deusdete Freire Paiva cria abelhas semelhantes (mandaçaia e cupira) em 75 pequenas caixas arrumadas uma ao lado da outra no quintal da sua residência.

Os endereços dos dois são ruas movimentadas em áreas urbanas populosas. O frenesi diário das abelhas saindo e retornando para as caixas ao longo do dia jamais trouxe incômodo para a vizinhança. Para eles, estar no meio desse vai e vem é uma boa terapia. Deusdete ainda aproveita para coletar e comercializar o mel, que tem fama de possuir propriedades terapêuticas. Balbina, que produz manga orgânica, costuma coletar os enxames que acomoda em casa nos troncos das árvores derrubadas para dar lugar a plantios irrigados.

Pesquisa – As experiências do comerciante e da produtora vão ajudar na execução do projeto “Conservação dos Recursos Genéticos de Animais Silvestres, da Aqüicultura e da Apicultura”. Três centros de pesquisa da Embrapa (Amazônia Oriental, Meio Norte e Semi-Árido) estão envolvidos em um plano de ação que tem o objetivo de preservar espécies ameaçadas de extinção como a mandaçaia e manduri, aqui na região.

Bióloga, a pesquisadora da Embrapa Semi-Árido, Márcia de Fátima Ribeiro explica que o monitoramento dos criadouros como os mantidos por Balbina e Deusdete, com o registro das ações e orientações de manejo, é uma estratégia do projeto para conservar essas abelhas. As instituições também irão manter estruturas como Bancos Ativos de Germoplasma (BAG) para criar espécies em cativeiro. Nesse centro de pesquisa, uma parte da criação será mantida em ninhos no recém instalado Laboratório de Abelhas Nativas.

Os pesquisadores preveem ainda a conservação das espécies em habitats naturais. De acordo com Márcia, a manutenção das abelhas nessas condições é mais simples. Contudo, os trabalhos de identificação da população das espécies-alvo e o monitoramento da sua existência no ambiente exigem o deslocamento por grandes extensões de terra.

90% – O projeto vai concentrar estudos em 13 espécies de importância econômica e ambiental. Especialistas da Embrapa Amazônia Oriental irão pesquisar oito, dentre elas: uruçu cinzenta, uruçu amarela, canudo amarela, jataí, canudo e urucu boca de renda. Na Embrapa Meio Norte, serão três (jandaira, uruçu e tujuba), e outras duas na Embrapa Semi-Árido (mandaçaia e manduri ou monduri). Exemplares de abelhas sem ferrão coletados em áreas de ocorrência natural vão ser mantidos sob congelamento para caracterização de DNA.

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