Fiscalização de agrotóxicos ganha destaque em Alagoas

A fiscalização de agrotóxicos é um dos setores que têm se destacado na Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal). Crescimento no registro de estabelecimentos industriais e comerciais, fiscalização de armazenamento e transporte, vistoria em propriedades rurais e estabelecimentos que utilizam agrotóxicos, além de ações inovadoras, como o cadastramento de hortas na região fumageira e eventos de educação sanitária, se destacam entre os trabalhos do setor, que promove, durante esta semana, o 4° Encontro de Fiscalização e Seminário Regional sobre Agrotóxicos - Nordeste.

A fiscalização gera bons resultados. No ano passado, Alagoas foi um dos destaques no crescimento de devolução de embalagens vazias de agrotóxicos no Brasil. Dados do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (Inpev) apontam que 97,7 toneladas foram devolvidas no Estado.

Em 2007 tinham sido encaminhadas 61,27 toneladas ao instituto, um crescimento de 59,5%, e que rendeu ao Estado o quarto lugar do Brasil no aumento da devolução. “Alagoas tem feito um trabalho excelente. O recolhimento das embalagens é responsabilidade dos fabricantes e revendedores, mas não seria possível sem o apoio das entidades fiscalizadoras. O desenvolvimento só acontece com parcerias”, afirmou Fábio Macul, coordenador regional de Operações do Inpev.

Devido à evolução, Alagoas foi escolhido para sediar o 4° Encontro de Fiscalização e Seminário Regional sobre Agrotóxicos - Nordeste. O evento foi dividido em duas etapas. Esta semana, o encontro foi destinado apenas a fiscais agropecuários, que discutiram propostas para harmonizar os procedimentos de fiscalização de agrotóxicos nos estados da região.

Nesta quinta-feira, o seminário reuniu estudantes, produtores rurais, comerciantes, engenheiros agrônomos e técnicos, em torno de um tema que gera polêmicas. “O uso de agrotóxicos passa uma visão errada, principalmente para a população urbana, mas, usados corretamente, são importantes para a manutenção de uma lavoura. Aos fiscais agropecuários cabe a missão de assegurar o uso com níveis seguros para a saúde de quem produz e de quem consome os alimentos e para o meio ambiente”, explica Luís Eduardo Rangel, coordenador geral de Agrotóxicos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

“O evento é uma forma de mostrar a população o que vem sendo feito para garantir esse uso correto e seguro e de esclarecer dúvidas a respeito do tema”, completa Hibernon Cavalcante, diretor-presidente da Adeal.

Abertura

O seminário foi aberto na noite de quarta-feira, na Casa da Indústria. Além da Adeal e Secretaria de Estado da Agricultura, a cerimônia reuniu fiscais agropecuários federais e estaduais, a procuradora Niedja Gaspari e representantes do Ministério da Agricultura, Inpev, Associação Nacional de Defesa Vegetal, Instituto do Meio Ambiente, Federação da Pecuária e Sociedade de Engenheiros Agrônomos de Alagoas.

“Com o desenvolvimento de culturas orgânicas, o mundo hoje tem discutido bastante o uso de agrotóxicos. Trazer uma discussão como essa para o Estado é mostrar que Alagoas está em sintonia com os temas atuais”, ressaltou o secretário-adjunto de Agricultura, José Marinho Júnior, que representou o secretário Jorge Dantas no evento.

Uma apresentação de Guerreiro animou a noite. “Além de ser um momento de importante debate em torno do uso e fiscalização de agrotóxicos, o evento é uma oportunidade de valorizarmos a cultura de nosso Estado, principalmente por termos muitos participantes de outros estados”, destacou Eduardo Lino, responsável pela Divisão de Agrotóxicos da Adeal.


por Agência Alagoas