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sábado, 21 de março de 2009

A suinocultura respira

A suinocultura de Santa Catarina enfim respira com um pouco mais de tranquilidade, embora continue navegando em águas turbulentas. O setor vive uma situação dramática com significativa queda nas exportações e mesmo no consumo interno, em razão da eclosão no segundo semestre do ano passado da crise econômica mundial, que se agravou substancialmente neste primeiro trimestre de 2009. Os estoques de carne suína no país chegam a 200 mil toneladas. Entretanto, se não há perspectivas de a crise vir a arrefecer no curto prazo, o anúncio feito pela Rússia esta semana de que voltará a importar carne catarinense não poderia ter vindo em melhor hora, hora aliás que demorou, pois o Estado é o único do país a possuir a certificação de área livre de aftosa sem vacinação, um status que apenas o Chile detém na América do Sul. A certificação foi conferida pela Organização Internacional de Epizootias em 2007.

Os russos costumam comprar carne suína brasileira em abundância. Em 2005, importaram 400 mil toneladas, 250 mil das quais produzidas por Santa Catarina. Agora, espera-se que os russos voltem a adquirir entre 30 mil e 40 mil toneladas mensais de carne brasileira, o que seria realmente um excelente negócio. Do front externo vêm também outras notícias alvissareiras: a Itália, que havia suspenso uma missão sanitária a Santa Catarina em razão do caso Cesare Battisti, deverá retomá-la em maio, segundo anunciou a vice-ministra da Saúde daquele país. Evoluem também as negociações com os Estados Unidos, já tendo ocorrido a aprovação sanitária e restando apenas uma aprovação comercial para o início das exportações.

São perspectivas bastante positivas, mas os problemas mais agudos da suinocultura persistem. Produtores rurais descapitalizados e preços de mercado insatisfatórios, insumos caros e consumo doméstico ainda aquém do adequado. Sem falar em dívidas acumuladas nesses meses de poucos negócios. O governo federal precisa estar atento ao agronegócio e a seus associados, assim como vem fazendo com certos setores específicos, como o automotivo.

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