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segunda-feira, 20 de abril de 2009

Roseana diz que quer sair da sombra política do pai

De volta ao governo do Maranhão por força de uma decisão judicial, Roseana Sarney (PMDB) afirmou ontem que quer sair da sombra política do pai, o senador José Sarney (PMDB-AP), e "lutar" pelo reconhecimento de sua biografia. Ela declarou ainda que se licenciará do cargo no mês que vem, para ser operada de um aneurisma cerebral.

"Tenho a minha vida política, que eu construí. E quero que me deixem governar, seguir meu caminho. Porque o que eu não aguento mais é vocês, a todo o tempo, me ligarem a...", disse, interrompendo a frase.

"Sempre fui eu que governei, as responsabilidades são minhas. Se tiver algum processo, quem responde sou eu, não é José Sarney."

A afirmação foi em resposta às acusações feitas pelo ex-governador Jackson Lago (PDT), de que ela faria parte de uma oligarquia. Lago teve seu mandato cassado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) na última quinta. O pedetista mesmo assim se recusou, por cerca de 24 horas, a entregar a sede do governo, o que aconteceu apenas no sábado pela manhã.

"Se houver críticas quanto a isso [oligarquia], eu não aceito. Vou lutar, assim como luto pela minha vida, pela minha biografia também", declarou a governadora, em entrevista coletiva.

Em relação à operação do aneurisma, que vem sendo adiada desde novembro, Roseana disse que o procedimento só depende da volta de seu médico, Evandro de Oliveira, que vai viajar ao exterior.

A governadora afirmou ter tido dois "picos de pressão" durante "essa confusão toda", se referindo à continuidade de Lago no Palácio dos Leões, sede do governo, e, por isso, precisou ser medicada. Seu afastamento durará ao menos um mês, disse.

Antes de sair, no entanto, Roseana tentará reestruturar o Estado que, segundo ela, está "destruído" e "abandonado".

Análise preliminar da assessoria do novo governo indica que Lago inchou a máquina estadual com 42 órgãos com status de secretaria (dentre elas, três representações em Brasília) e cerca de 4.000 funcionários não concursados. Outros receberam aumentos indevidos. E algumas pastas já gastaram, até este mês, os recursos previstos para o ano todo, disse.

Para Emilio Azevedo, subchefe da Casa Civil na gestão de Lago, "quem levou o Maranhão ao caos foi a família Sarney". Não se pronunciou sobre o número de secretarias apontado pela equipe do atual governo.

Roseana afirmou que conversará com todos os partidos para tentar formar seu governo --que ainda não tem maioria na Assembleia Legislativa. "Vou tentar uma união. Até o PDT eu vou procurar. Vou tentar compor com todos."

Ela também tentará retomar a "parceria ótima" que teve com os movimentos sociais entre 1995 e 2002, quando foi governadora. Na semana passada, esses movimentos apoiaram a resistência de Lago no governo. (Da Agência Folha / Folha Online)

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