MT: Estado lidera ranking nacional de recolhimento de embalagens

O volume enviado pelos produtores rurais aos postos e centrais de coleta entre janeiro e abril deste ano totalizou 1,776 mil toneladas. Apesar do melhor desempenho entre as unidades da federação, a quantidade de embalagens registrada no período é 1,2% menor que o contabilizado no mesmo período do ano passado, que somou 1,798 mil (t). O resultado, mesmo negativo, aponta para o alto grau de consciência do produtor estadual, que a cada embalagem desocupada se preocupa em dar o destino correto ao produto e não agredir o ambiente.

O balanço é do Instituto Nacional de Processamento de Embalagem (Inpev), que há pelo menos quatro anos aponta Mato Grosso como líder entre os Estados nesse período. Para se ter uma ideia da evolução deste número, em 2006 foram recolhidos 845,971 toneladas. No ano seguinte subiu para 1,152 mil (t). Em 2008 registrou o recolhimento de 1,798 mil (t) e este ano baixou um pouco. O segundo colocado na lista é o Paraná, onde foram recolhidas 1,289 mil toneladas no primeiro quadrimestre deste ano.

Ainda conforme os números estaduais, do total de embalagens destinadas ao recolhimento, 98,5% ou 1,750 mil toneladas foram lavadas corretamente pelos produtores, o que condiciona o envio destes produtos, posteriormente, à reciclagem. A diferença, ou 25,550 toneladas de embalagens, corresponde àquelas consideradas contaminadas (que não foram lavadas corretamente e apresentavam restos de produtos químicos) são destinadas à incineração. Com estes números, Mato Grosso também é o Estado com maior participação no recolhimento de embalagens vazias de agrotóxicos, com 21,9% do total contabilizado no país, que nos primeiros quatro meses foi de 8,107 mil toneladas.

Prazo:
A fiscal de Defesa Agropecuária do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT), Sandra Vieira, explica que após a compra do agrotóxico (pesticida, fungicida, herbicida), os produtores têm até um ano após a data da emissão da nota fiscal para devolver a embalagem vazia à revenda onde comprou. Estes estabelecimentos por sua vez, mantém postos de recebimento, que têm de obedecer a várias normas para sua construção, no intuito de evitar a contaminação do ambiente.

Avaliação:
Sandra afirma ainda que a queda registrada em Mato Grosso do ano passado para cá não é significativa, pois tem de se levar em consideração o período em que o produtor comprou o agrotóxico e o respectivo prazo para a entrega da embalagem. "No caso do produto que não foi consumido totalmente, o produtor tem até seis meses a partir da data de vencimento do agrotóxico para devolver a embalagem", diz ao informar que enquanto não estiver usando o produto, ele deve ser armazenado em local apropriado e que se estiver no mesmo ambiente que embalagens vazias, deve ser colocado separadamente para evitar acidentes e contaminações.

Em Mato Grosso, o Indea possui 13 centrais e outros 13 postos de recebimento das embalagens vazias, espalhadas em 23 cidades, entre elas Água Boa, Boa Esperança, Matupá, Cuiabá, Juína, Querência, Barra do Garças e Lucas do Rio Verde. Os municípios que não contam com estes pontos podem levar as embalagens às unidades do Indea, que está presente em quase todas as cidades. Nas centrais de recebimento as embalagens são processadas para reduzir de volume. Destes locais, o fabricante do agrotóxico é responsável por transportar e dar a finalidade correta às embalagens, seja ela reciclagem ou queima.





Fonte: ExpressoMT/Gazeta Digital